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Safra é aquele ano que vem escrito no rótulo, e se refere ao ano em que as uvas foram colhidas. Quando o vinho não traz a safra no rótulo nem no contra-rótulo significa que ele deve ser uma mistura de safras.

A elaboração de uma boa caninha requer uma série de cuidados. A qualidade começa no canavial, com o plantio de mudas selecionadas e colheita manual, rente ao solo e sem atear fogo. Medida sábia, já que os gomos mais próximos da terra concentram maior quantidade de açúcar. A posterior despalha (retirada das palhas secas da haste da cana-de-açúcar), feita ainda no campo, e a moagem, com a cana já limpa, também são decisivas. A cana deve ser moída no máximo 24 horas depois de cortada, para manter sua qualidade e garapa (caldo da cana) resultante, decantada e filtrada.

Vinitaly - 50 anos

A conclusão tirada dos números abaixo é óbvia e triste. Bebemos refrigerante demais e vinho de menos. 

Em uma prova em Lisboa tive a honra de provar 21 vinhos portugueses de safras entre 1963 e 2003. Participar de um evento como este equivale a ler um livro de história, cujos personagens são produtores, enólogos, regiões e as centenas de uvas, que compõem e riquíssima diversidade do vinho luso.

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Um tema controverso no mundo do vinho é se vinho e chocolate combinam. Eu já fiz muitas experiências e posso afirmar com segurança que sim – vinho e chocolate podem ser uma excelente combinação, desde que com o chocolate certo com o vinho certo.

Na Páscoa há um pico no consumo do vinho. O coelhinho adora a bebida de Baco e só é superado por Papai Noel, outro enófilo voraz. Afinal, seja por motivações gastronômicas ou religiosas, não há bebida mais adequada para mesa caprichada deste feriado, já que na tradição cristã o vinho simboliza o sangue de Cristo, derramado para redimir nossos pecados.

Por Marcelo Copello e a história do Chianti

Michelangelo, Da Vinci, Caruso, Colombo, Fellini, Galileo, Marco Polo, Garibaldi, Americo Vespúcio, Verdi, Dante Alighieri, São Tomás de Aquino, Marcello Mastroianni, Sophia Loren, Vittorio Emmanuele, Ferrari... e Chianti. A lista dos personagens italianos mais famosos da história pode ser bem mais longa, mas não estaria completa sem um vinho e este vinho teria que ser o Chianti.

Qual incentivo você precisa para se excercitar?

Quanto nos convidam para um aniversário de 300 anos a gente não falta. O vinho italiano mais famoso do mundo, cujas fronteiras foram demarcadas em 1716, apagou 300 velinhas em uma recente celebração em Florença-Itália. O evento fez parte do Anteprima Toscana, semana de lançamentos das novas safras dos vinhos da mais glamurosa região italiana, berço do Renascimento.

Às vezes menos é mais. No vinho menos madeira pode significar vinhos mais fáceis de beber, servidos mais refrescados, ideais para o prazer sem compromisso e para matar a sede neste fim de verão e início de outono.

Esta garrafa foi um presente do próprio Josko Gravner quando o visitei em Gorizia. Sua recomendação (que segui à risca), foi abrir este 1998 entre 2015 e 2020. Elaborado com Sauvignon Blanc, Chardonnay, Pinot Bianco, Riesling, de cultivo biodinâmico. 

Fundada em 14 de fevereiro de 1931, por 16 famílias (veja a foto), a cooperativa Aurora conta hoje com 1.100 famílias associadas, e é a maior vinícola do país, com produção média anual de 65 mil toneladas de uvas.

Em todo o mundo do vinho a estrela em ascensão são os espumantes. Bom para o Brasil, que produz excelentes borbulhas, as melhores da América Latina. O produto é bom e o consumidor brasileiro o adora. Este casamento feliz está constatado em números.

Embora a produção do vinho já tenha chegado a dez estados brasileiros*, o Rio Grande do Sul ainda domina 90% de nossa produção. A tabela abaixo se refere a comercialização das vinícolas gaúchas no ano de 2015.

2015 foi ruim, a perspectiva para 2016 não é melhor. O consolo é que o crescimento acumulado nos últimos anos ainda é significativo. Desde 2002 nosso mercado de importados cresceu 308% em volume e 488% em valor.