O Château Margaux é considerado o mais elegante dos Premier Crus do Médoc. A elegância do vinho também está na arquitetura do Château (castelo), conhecido como “Versailles do Médoc”, construído em 1800.
O Château Margaux é o único 1er Cru da comuna de Margaux, onde está localizado, na margem esquerda de Bordeaux. Seus 87 hectares de vinhedos são plantados com 75% Cabernet Sauvignon, 20% Merlot, 3% Petit Verdot e 2% Cabernet Franc.
Além do Grand Vin, que leva o nome do Château, a empresa produz um segundo vinho, o Pavillon Rouge e, desde 2009, um terceiro vinho – o Margaux du Château Margaux. O Margaux também faz um vinho branco, o Pavillon Blanc, uma maravilha elaborada com Sauvignon Blanc 100%, que fermenta em carvalho.
Em 1977 o Château foi comprado pelo empresário André Mentzepoulos e desde sua more em 1980 a empresa é dirigida por uma mulher, sua filha Corinne. Em 1983 o enólogo Paul Pontallier foi contratado e até sua morte em 2016 foi o grande maestro do Margaux. Hoje o diretor é Philippe Bascaules, que já trabalhava no Château desde 1990. Nestas últimas 4 décadas o Margaux foi totalmente renovado.
Um dos focos do Margaux tem sido melhorar a qualidade do segundo vinho, o Pavillon Rouge, por isso a criação de um terceiro vinho, que pode receber os lotes “desclassificados” do Pavillon, aumentando assim a qualidade deste.
Na prova no Château, o Pavillon 2010 (uma grande safra), superou o Margaux 2006 (uma safra boa, mas menor). Acabei por participar de uma vertical de Pavillon, com safras desde 1974, e alguns estavam excelentes, como o 1983, 1989, 1996 e 1999.
Em visita ao Château Margaux tive a honra de provar os vinhos em conversa com Philippe Bascaules, Diretor do Château, que sucedeu Paul Pontallier, falecido em 2016. Bascaules já trabalhava no Margaux desde 1990 com Pontalier e havia deixado recentemente o Château para se juntar a Inglenook de Francis Ford Coppola em Napa-Califórnia. Hoje Bascaules vive em Bordeaux, mas dá consultoria à Inglenook.