Ontem completei 110 dias do mais xiita isolamento. Tenho tido muito pouco tempo livre, o trabalho aumentou, o tempo para a família e casa também. Nos raros momentos de ócio, tenho revisto filmes, dentre eles alguns do Ingmar Bergman.
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As imagens acima (são 3 fotos), são do filme PERSONA, de 1966, deste mestre sueco. Os rostos das atrizes parecem se fundir, em uma só pessoa (recomendo ver esta obra prima para entender o contexto deste quadro). Esta cena me fez pensar em algo que penso o tempo todo: VINHO!
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No universo de BACO, esta fusão, integração, ou equilíbrio, é a alma dos grandes vinhos. É o que distingue os apenas bons dos grandes, que valem a vida. O vinho é composto por centenas de substâncias, entre ácidos, açúcares, álcoois, compostos fenólicos etc. Quanto provamos um grande vinho, todos os seus componentes, que se manifestam em seus aromas e sabores, parecem conviver em um perfeito equilíbrio, um amálgama, uma simbiose, como se fosse uma coisa só, uma única PERSONA... e por isso esta cena de Bergman me lembrou um grande vinho.
Obs: para a próxima pandemia já separei a coleção dos livros do Marcel Proust!
