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Estudo mostra como muda o gosto do consumidor de vinho ao longo do tempo

Estudo mostra como muda o gosto do consumidor de vinho ao longo do tempo

23/04/2018

Marcelo Copello

Mundo do Vinho

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Por Marcelo Copello

O Instituto de negócios do vinho da Sonoma State University (Estados Unidos-Califórnia) acaba de liberar os resultados de uma pesquisa feita em março-abril deste ano. O objetivo era mostrar se e como mudam as preferencias dos consumidores de vinho ao longo do tempo. Para tal 422 pessoas foram entrevistadas, com três perguntas simples.

Primeira pergunta

Suas preferencias em termos de vinho mudaram desde que você começou consumir vinho?

Segunda pergunta

1-Das opções abaixo que tipo de vinho era sua preferência quando você COMEÇOU a beber vinho?

A-Vinhos BRANCOS meio-doces ou doces

B-Vinhos BRANCOS secos

C-Vinhos ROSADOS meio-doces ou doces

D-Vinhos ROSADOS secos

E-Vinhos TINTOS meio-doces ou doces

F-Vinhos TINTOS secos

Terceira pergunta

1-Das opções abaixo (as mesmas da pergunta anterior) que tipo de vinho é sua preferência HOJE em dia?


RESULTADO

A primeira pergunta teve o seguinte placar: SIM 69% x 31% NÃO

O resultado confirma que o paladar muda muito ao longo do tempo. Não foi achada nenhum diferença importante nas repostas se separadas por gênero ou idade, ou seja, homens e mulheres de todas as idades seguem um processo semelhante. Dentre os 31% que não mudou de gosto, havia uma grande presença dos que preferiam e ainda preferem brancos meio-doces e doces.

Para as perguntas 2 e 3 o placar foi o seguinte

A-Vinhos BRANCOS meio-doces ou doces – ANTES 32% x 11% HOJE

B-Vinhos BRANCOS secos - ANTES 12% x 16% HOJE

C-Vinhos ROSADOS meio-doces ou doces - ANTES 22% x 8% HOJE

D-Vinhos ROSADOS secos - ANTES 5% x 4% HOJE

E-Vinhos TINTOS meio-doces ou doces - ANTES 14% x 24% HOJE

F-Vinhos TINTOS secos – ANTES 14% x 37% HOJE

O resultado acima mostra claramente que a tendência é começar com vinhos mais doces e evoluir para os mais secos, em especial os tintos e brancos.

A categoria predileta para se iniciar é “A” dos brancos meio-doces ou doces, e a categoria para onde há a maior migração com tempo é a “B”, dos tintos secos.

A maior surpresa veio da categoria “E”, dos tintos meio-doces ou doces, que mostrou crescimento ao longo do tempo. O estudo conclui que este número pode se dever a crescente produção de tintos meio-doces no mercado norte-americano, onde foi feita a pesquisa

Eu acrescentaria que a pesquisa se aplica ao consumidor em geral, mas que entre profissionais ou consumidores com muita “litragem” a tendência é a preferência por uma categoria à parte, a de vinhos autênticos, que tragam algo de especial dentro de sua categoria, independente de cor ou teor de doçura, sem preconceito. É o meu caso.

Marcelo Copello

Marcelo Copello


Marcelo Copello é um dos principais formadores de opinião da indústria do vinho no Brasil, com expressiva carreira internacional. Eleito “O MAIS INFLUENTE JORNALISTA DE VINHOS DO BRASIL” pela revista Meininger´s Wine Business International, e “Personalidade do Vinho” 2011 e 2013 pelo site Enoeventos.

Curador do RIO WINE AND FOOD FESTIVAL, e Publisher do Anuário Vinhos do Brasil, colaborador de diversos veículos de imprensa, colunista da revista Veja Rio online. Professor da FGV, apresentador de rádio e TV, jurado em concursos internacionais de vinho, como o International Wine Challenge (Londres). Copello tem 6 livros publicados, em português, espanhol e inglês, vencedor do prêmio Gourmand World Cookbook Award 2009 em Paris e indicado ao prêmio Jabuti.

Especialista no mercado e nos negócios do vinhos, fazendo palestras no Brasil e no exterior, em eventos como a London Wine Fair (Londres). Copello é hoje um dos palestrantes mais requisitados. Para saber mais sobre as palestras e serviços de Copello clique AQUI

  

Contato: contato@marcelocopello.com